Cássia Eller: 14 anos sem rebeldia
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Cássia Eller em cena do documentário "Cássia", de Paulo Henrique Fontenelle |
O ano era 2001 e me lembro perfeitamente onde estava quando recebi a notícia naquele 29 de dezembro: Cássia Eller está morta. Em meio às ruas pequenas e cheias do Shopping Downtown, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, minha mente parecia rodar quando alguém me ligou avisando.
Silenciava então uma das mais importantes vozes do novo rock brasileiro. A carioca que, logo aos seis anos, mudara para Belo Horizonte para retornar somente aos 12 e ficar por aqui até os 18, quando mudou-se para Brasília, estava no auge de uma carreira fantástica. Havia se apresentado em janeiro no Rock in Rio e entre maio e dezembro, realizou quase 100 shows, o que culminaria com a gravação de seu DVD Acústico.
A discografia de Cassia Eller conta oficialmente com dez álbuns: Cássia Eller (1990), O Marginal (1992), Cássia Eller (1994), Cássia Eller Ao Vivo (1996), Veneno AntiMonotonia (1997), Veneno Vivo (1998), Com você... Meu mundo ficaria completo (1999), Acústico MTV (2001) e os póstumos Dez de Dezembro (2002) e Rock in Rio: Cássia Eller Ao Vivo (2006).
Uma das artistas mais espontâneas do seu tempo, Cássia Eller adorava estar no palco, onde se transformava em bicho solto, capaz de angariar para si a platéia de qualquer lugar, de qualquer tamanho. São muitas as histórias em que Eller subia em palcos diversos, por lugares inclusive pequenos e começava a cantar, dando canja para presentes maravilhados com a surpresa e sua presença.
Cássia nos deixou aos 39 anos. Na época, todos pensaram tratar-se de uma overdose, hipótese logo descartada pelos médicos, que atestaram infarto do miocardio repentino. A cantora torcia para o Atlético Mineiro e como homenagem, teve seu caixão coberto pela bandeira do time, em sua última e derradeira aparição. Que em breve tenhamos algo pelo menos parecido com o que foi o furacão Cássia Eller.
Cássia Eller: 14 anos sem rebeldia
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