Last Venice e a encantadora Sao Marcos
5 de novembro, entre Messina e Civitavecchia / Italia - 18:50
Estamos ja na rota final da etapa Europeia e agora nao repetiremos mais cidades. Hoje estive em Messina na Italia mas nem desci do navio. Nos últimos dois dias fui derrubado por uma gripe horrenda que me deixou de cama pela primeira vez nestes seis meses a bordo do Grand Celebration. Creio que tenha sido devido a mudança de tempo e também a chuva torrencial que encarei ha dois dias em Veneza. Nao consegui levantar da cama ontem para ir trabalhar no teatro e colocamos outra pessoa para fazer por mim. Queria somente ficar deitado e repousando, o corpo pedia cama e nada mais, porem precisaria me recuperar para trabalhar a noite na boite. Assim foi. Depois de varias horas somente deitado e dormindo, me senti melhor para ir trabalhar. Nestes dias finais tem sido mais fácil pois estamos com menos da metade de passageiros que geralmente tínhamos. No cruzeiro desta semana ha apenas uns 700, o que torna tudo mais rápido e menos cansativo. Amanha chegaremos cedo a Civitavecchia e estou torcendo para que me sinta melhor, pois quero muito poder sair na Italia e ir principalmente a Roma visitar a Torre de Pisa.
Tirando a parte da forte gripe, tenho vivido dias felizes nestes últimos momentos da rota. Parece que as amizades vao se fortalecendo mais a partir do momento em que sabemos que provavelmente, nunca mais veremos certas pessoas em nossa vida. O trabalho em navio é assim… tudo muito rápido, tudo muito intenso e apenas uma certeza, a de que você poderá nao ver mais os amigos que estiveram tao perto por vários meses. Basta um telefonema, um alo, uma coisa assim para que nos encontremos e tomemos um cafe, uma cerveja e algumas risadas… pronto, ja esta! Com certeza sentirei muita falta disso, do clima, de tudo e de todos. Ainda nao estou certo se farei outra temporada na Europa, apesar de querer, ha muitas outras coisas envolvidas, vamos ver, o tempo dira. Minha vontade de voltar deve-se basicamente a Istambul, embora tenha ficado apaixonado por outros lugares como Mykonos, Santorini e mais ainda por Rodhes, que no verão tem um clima de Rio de Janeiro, muito calor e gente risonha pelo caminho a curtir as praias de mar azul degradee.
A gripe que peguei foi um preco bastante barato que paguei para dar minhas ultimas voltas por Veneza. Ja disse isso aqui antes e volto a repetir: preste sempre atenção nas coisas simples da vida, elas podem te surpreender! No primeiro dia de Veneza sai do navio sozinho com intenção de resolver várias coisas pendentes mas me deparei com uma novidade desagradável, estava tudo fechado na cidade, era um dia festivo, primeiro de novembro. Fiquei um tanto triste com a surpresa e no meio da chuva perto do porto encontrei com um cara do navio, um indiano que na verdade todos consideram um tanto chato e pegajoso. O cara vivia me parando para perguntar sobre como era usar um Mac, como fazer para mixar nos programas, varias coisas, mas como tenho paciência, ia explicando. Algumas pessoas me dizem que tenho o dom de atrair malas e deve ser verdade, mas neste dia o mala me ajudou muito. Ele perguntou se eu queria ir com ele na Praca Sao Marcos. No meio daquela chuva torrencial me pareceu um tanto desgastante ter que ir a Sao Marcos com o "mala", mas recordei que nao teria outra oportunidade para fazer isso, pelo menos nao este ano.
Aceitei e pegamos um ferry que corta toda Veneza através dos canais. Nao cheguei a andar de gôndola nesta vinda a Europa e nao o faria no ultimo dia com um mala (risos), ate porque teríamos que pagar absurdos 80 euros. Nao estava disposto, de verdade. Entramos no barquinho e la estava eu a observar com felicidade de criança uma cidade que jamais imaginei estar um dia. Ouvia tanto minha mae falar de Veneza mas isso me parecia um sonho distante, uma realidade que nao sabia sinceramente que experimentaria nesta vida, por isso, volto a agradecer a todas as forcas e energias que me acompanham. Se você prefere chamar tudo isso de Deus, nao tem problema, posso acompanhar na idéia mas prefiro usar energia. Um dia desejei muito estar em um barco as voltas pela Europa e la estava eu, com meu sonho realizando-se. Fiz varias fotos e alguns vídeos, registrando todo aquele trajeto magico. O ferry que pegamos ficava quase em frente ao porto e fomos pelo outro lado de Veneza, passando pela magnifica igreja de San Giorgio Maggiore e em frente a Punta Della Dogana, quando o barco fez uma curva para a esquerda, saindo em frente a Praca de Sao Marcos, um trajeto de aproximadamente 15 minutos.
Quando pisei em Sao Marcos fiquei tao impressionado que simplesmente nao conseguia ouvir o que meu amigo dizia. O complexo que forma a Praca de Sao Marcos é algo faraônico e magico. A famosa Torre do Relogio bem em frente a Basilica de Sao Marcos é uma obra tao incrível que parei por alguns instantes olhando para o topo com a chuva caindo no meu rosto e uma vontade enorme de chorar de emoção. Sinceramente nao acreditava que estava ali, respirando aquele ar e vivenciado tudo aquilo, nos lugares históricos onde aconteceram tantas coisas importantes para a historia da humanidade, por onde guerreiros carregaram mercadorias que um dia pertenceram a Constantinopla, ou seja, estive em ambos os lugares! Fui caminhando em direção a Torre e a Basilica e confesso que foi uma experiência arrepiaste ficar de frente para a Basilia de Sao Marcos, coisas que ouvi ha décadas ainda na escola primaria, estavam ali agora em frente a mim, ao alcance de minhas maos. Fiquei admirando os quatro cavalos que adornam a entrada principal do templo e que foram trazidos de Constantinopla. Napoleal Bonaparte os transportou a Paris e em 1815 (!!!) foram trazidos de volta definitivamente para a Basilica de Sao Marcos. Eu estava em frente aos históricos cavalos que ninguém ate hoje chegou a conclusão sobre o material em que foram feitos e que estavam ali ha duzentos anos!
Marian - The Sisters of Mercy
Phanton - The Sisters of Mercy
Man on the moon - R.E.M.
The Great Beyond - R.E.M.
Whats the Frequency Kenneth? - R.E.M.
Estamos ja na rota final da etapa Europeia e agora nao repetiremos mais cidades. Hoje estive em Messina na Italia mas nem desci do navio. Nos últimos dois dias fui derrubado por uma gripe horrenda que me deixou de cama pela primeira vez nestes seis meses a bordo do Grand Celebration. Creio que tenha sido devido a mudança de tempo e também a chuva torrencial que encarei ha dois dias em Veneza. Nao consegui levantar da cama ontem para ir trabalhar no teatro e colocamos outra pessoa para fazer por mim. Queria somente ficar deitado e repousando, o corpo pedia cama e nada mais, porem precisaria me recuperar para trabalhar a noite na boite. Assim foi. Depois de varias horas somente deitado e dormindo, me senti melhor para ir trabalhar. Nestes dias finais tem sido mais fácil pois estamos com menos da metade de passageiros que geralmente tínhamos. No cruzeiro desta semana ha apenas uns 700, o que torna tudo mais rápido e menos cansativo. Amanha chegaremos cedo a Civitavecchia e estou torcendo para que me sinta melhor, pois quero muito poder sair na Italia e ir principalmente a Roma visitar a Torre de Pisa.
Tirando a parte da forte gripe, tenho vivido dias felizes nestes últimos momentos da rota. Parece que as amizades vao se fortalecendo mais a partir do momento em que sabemos que provavelmente, nunca mais veremos certas pessoas em nossa vida. O trabalho em navio é assim… tudo muito rápido, tudo muito intenso e apenas uma certeza, a de que você poderá nao ver mais os amigos que estiveram tao perto por vários meses. Basta um telefonema, um alo, uma coisa assim para que nos encontremos e tomemos um cafe, uma cerveja e algumas risadas… pronto, ja esta! Com certeza sentirei muita falta disso, do clima, de tudo e de todos. Ainda nao estou certo se farei outra temporada na Europa, apesar de querer, ha muitas outras coisas envolvidas, vamos ver, o tempo dira. Minha vontade de voltar deve-se basicamente a Istambul, embora tenha ficado apaixonado por outros lugares como Mykonos, Santorini e mais ainda por Rodhes, que no verão tem um clima de Rio de Janeiro, muito calor e gente risonha pelo caminho a curtir as praias de mar azul degradee.
A gripe que peguei foi um preco bastante barato que paguei para dar minhas ultimas voltas por Veneza. Ja disse isso aqui antes e volto a repetir: preste sempre atenção nas coisas simples da vida, elas podem te surpreender! No primeiro dia de Veneza sai do navio sozinho com intenção de resolver várias coisas pendentes mas me deparei com uma novidade desagradável, estava tudo fechado na cidade, era um dia festivo, primeiro de novembro. Fiquei um tanto triste com a surpresa e no meio da chuva perto do porto encontrei com um cara do navio, um indiano que na verdade todos consideram um tanto chato e pegajoso. O cara vivia me parando para perguntar sobre como era usar um Mac, como fazer para mixar nos programas, varias coisas, mas como tenho paciência, ia explicando. Algumas pessoas me dizem que tenho o dom de atrair malas e deve ser verdade, mas neste dia o mala me ajudou muito. Ele perguntou se eu queria ir com ele na Praca Sao Marcos. No meio daquela chuva torrencial me pareceu um tanto desgastante ter que ir a Sao Marcos com o "mala", mas recordei que nao teria outra oportunidade para fazer isso, pelo menos nao este ano.
Aceitei e pegamos um ferry que corta toda Veneza através dos canais. Nao cheguei a andar de gôndola nesta vinda a Europa e nao o faria no ultimo dia com um mala (risos), ate porque teríamos que pagar absurdos 80 euros. Nao estava disposto, de verdade. Entramos no barquinho e la estava eu a observar com felicidade de criança uma cidade que jamais imaginei estar um dia. Ouvia tanto minha mae falar de Veneza mas isso me parecia um sonho distante, uma realidade que nao sabia sinceramente que experimentaria nesta vida, por isso, volto a agradecer a todas as forcas e energias que me acompanham. Se você prefere chamar tudo isso de Deus, nao tem problema, posso acompanhar na idéia mas prefiro usar energia. Um dia desejei muito estar em um barco as voltas pela Europa e la estava eu, com meu sonho realizando-se. Fiz varias fotos e alguns vídeos, registrando todo aquele trajeto magico. O ferry que pegamos ficava quase em frente ao porto e fomos pelo outro lado de Veneza, passando pela magnifica igreja de San Giorgio Maggiore e em frente a Punta Della Dogana, quando o barco fez uma curva para a esquerda, saindo em frente a Praca de Sao Marcos, um trajeto de aproximadamente 15 minutos.
Quando pisei em Sao Marcos fiquei tao impressionado que simplesmente nao conseguia ouvir o que meu amigo dizia. O complexo que forma a Praca de Sao Marcos é algo faraônico e magico. A famosa Torre do Relogio bem em frente a Basilica de Sao Marcos é uma obra tao incrível que parei por alguns instantes olhando para o topo com a chuva caindo no meu rosto e uma vontade enorme de chorar de emoção. Sinceramente nao acreditava que estava ali, respirando aquele ar e vivenciado tudo aquilo, nos lugares históricos onde aconteceram tantas coisas importantes para a historia da humanidade, por onde guerreiros carregaram mercadorias que um dia pertenceram a Constantinopla, ou seja, estive em ambos os lugares! Fui caminhando em direção a Torre e a Basilica e confesso que foi uma experiência arrepiaste ficar de frente para a Basilia de Sao Marcos, coisas que ouvi ha décadas ainda na escola primaria, estavam ali agora em frente a mim, ao alcance de minhas maos. Fiquei admirando os quatro cavalos que adornam a entrada principal do templo e que foram trazidos de Constantinopla. Napoleal Bonaparte os transportou a Paris e em 1815 (!!!) foram trazidos de volta definitivamente para a Basilica de Sao Marcos. Eu estava em frente aos históricos cavalos que ninguém ate hoje chegou a conclusão sobre o material em que foram feitos e que estavam ali ha duzentos anos!
Marian - The Sisters of Mercy
Phanton - The Sisters of Mercy
Man on the moon - R.E.M.
The Great Beyond - R.E.M.
Whats the Frequency Kenneth? - R.E.M.
Last Venice e a encantadora Sao Marcos
Reviewed by luckveloso
on
21:21
Rating:
Nenhum comentário
Postar um comentário