The Who faz show histórico no Rock in Rio

The Who em ação no Rock in Rio / foto de Luck Veloso

Certamente um dos shows mais aguardados da edição 2017 do Rock in Rio, os ingleses Roger Daltrey e Pete Townshend do grupo The Who tiveram um dia especial em suas vidas ao proporcionarem o mesmo para quem esteve presente ao evento no dia 23 de setembro.

O grupo, surgido em 1964 e que contava com o baterista Keith Moon e John Entwistle no baixo (ambos já falecidos), vem influenciando muita gente ao redor do planeta em suas cinco décadas e um pouco mais de existência. 

Havia um enorme burburinho sobre terem colocado o The Who antes do Guns N´ Roses, mas business são business e pela quantidade de camisetas de Axl e cia que rodaram pelo Rock in Rio inteiro dava para perceber que comercialmente a aposta de Roberto Medina era acertada. Caso o The Who encerrasse o festival, provavelmente metade do público já teria ido embora, gerando consequentemente menos consumo.

O show foi correto e direto, durou cerca de uma hora e meia e estavam presentes todos os clássicos construídos pelos caras que mais influenciaram bandas no rock mundial. Estava tudo lá, era só abrir os olhos e ouvidos e curtir, embora o ruído feito pelo público no Rock in Rio em certos momentos impedisse a audição e consequentemente, atrapalhasse a aula e história do rock que estava passando bem ali à frente de todos, como bem citou o jornalista e escritor Jamari França.

The Who clicado da Torre da Tirolesa Heineken / foto de Luck Veloso

O setlist era enxuto e já previsto e provavelmente ´estudado´ à exaustão pelos fãs mais exacerbados. Começaram com "Can´t explain", emendando em "Substitute", o clássico "Who are you" e a não menos lendária "Kids are alright", "I can´t see for miles", "My Generation", que emocionou antigos e novos fãs, afinal, ali havia pelo menos três gerações de gente que cresceu ouvindo o som dos caras. Um show que ficará na história e na memória de muita gente, experiencia única e que merecia certamente um local mais apropriado, porém como diz o ditado, é melhor um The Who na mão do que dois voando. Obrigado Pete e Roger, os garotos septuagenários estão melhores do que nunca!

PS: Para conseguir as fotos, tive que me enfiar no meio da multidão, para tentar um click. Com medo de perder a câmera, apelei para os seguranças da torre da tirolesa da Heineken, para fazer um registro lá de cima, já que os veículos independentes não são (ainda) credenciados para fotografar as atrações maiores, mesmo estas sendo bandas que nasceram no underground e se tornaram mainstream justamente pelo apoio inicial de quem acreditava neles no começo, ou seja os veículos independentes, mas como já disse, são business! That´s show business, já diria também o AC/DC. Vamos em frente.