Pet Shop Boys tem show recheado de hits na primeira noite do Rock in Rio

Neil Tennant com seu capacete futurísta / foto de Luck Veloso
O Pet Shop Boys subiu ao Palco Mundo no Rock in Rio às 21:10 para uma difícil tarefa, dar continuidade ao clima festivo deixado por Ivete Sangalo para um público que em sua grande maioria, não era nem nascido quando seus maiores hits estouraram, em meados dos anos 1980 para 1990, época em que o duo inglês viveu seu auge criativo.

Com melodias melancólicas e letras que falam sobre temas que remetem à reflexão, amor e em alguns momentos direcionados exclusivamente para as pistas, suas músicas ajudaram a levantar novamente e aos poucos a plateia, que ainda sentia a ausência da atração principal da noite, Lady Gaga, substituída em cima da hora pelo Maroon 5.

Neil Tennant e backing vocal durante o show no Rock in Rio 2017 / foto de Luck Veloso
Neil Tennant entrou para o show usando um capacete futurístico, com sua voz suave e que já se tornou a marca registrada do PSB, assim como seu companheiro musical Chris Lowe, cada um assumindo um canto do enorme palco e dando início à mescla de composições que contam a história da dupla, fundada em 1981.

A proposta era mostrar (algumas) novidades mescladas a grandes sucessos construídos ao longo das três décadas e em meio a isso, versões estendidas que permitiam aos dois poderem se ausentar para troca de roupas e outros adereços. O show é limpo, tem classe e atrai o olhar, porém em termos sonoros, ainda fica a dever.

O classudo Tennant com o visual inglês e a voz que marcou uma geração / foto de Luck Veloso
O som entrou sem o peso exigido para quem trabalha com música eletrônica (salvo propostas distintas como Kraftwerk, é claro) e a versão de It´s a Sin ganhou overdubs que pouco acrescentaram à original, ou seja, poderiam ter sido evitadas, já que o público do Rock in Rio em sua maioria é muito mesclado, ninguém estava ali como especialista em rave e queriam sim, ouvir e lembrar dos hits.

Após tocarem “Go west”, os garotos da loja de animais se despediram e não houve pedido de bis. As luzes com o logo do Rock in Rio foram acesas nas laterais do palco, dando a impressão de que realmente o show havia sido finalizado, já que permanecera bem morno a maior parte do tempo.

Chris Lowe, a mente por trás das melodias do PSB / foto de Luck Veloso
Antes que o público acreditasse que o fim havia mesmo chegado, o duo retornou ao palco para uma versão pouco convencional de “Domino Dancing”, que logo após os gritinhos ao ser reconhecida nos acordes iniciais, não conseguiu sustentar por muito tempo a bela e longa história da canção. Assim foi também com “Always on My Mind”, talvez o maior clássico dos caras, música composta por Wayne Carson, Mark James e Johnny Christopher, regravada à exaustão por diversos artistas ao redor do planeta.

O Pet Shop Boys encarando a multidão da Cidade do Rock / foto de Luck Veloso
Um show correto, mas que poderia ter sido muito melhor, caso a performance de Tennant fosse mais ágil e uma melhor atenção à equalização do som tivesse sido adotada, mas o que vale é a história da dupla, que soube construir como poucos uma carreira duradoura, com músicas que mesmo passados tantos anos, ainda ecoam nas mentes e nos corações de muita gente, inclusive deste que vos escreve.

Confira o setlist do show do Pet Shop Boys no Rock in Rio 2017:

Inner Sanctum
Opportunities
Burn
Se a vida e
West and girls
Home and dry
The enigma
Vocal
Sodom and Gomorrah show
It´s a sin
Devices
Go west

bis:

Domino dancing
Always on my mind.

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