A MPB não morreu, apenas a FM
Sobre o
encerramento das atividades da MPB FM no Rio de Janeiro (90,3 Mhz) nesta quarta-feira,
dia 1 de fevereiro, obviamente que temos a lamentar tão somente a perda do
emprego dos profissionais que lá emprestavam parte de suas vidas à sobrevivência
da emissora, agora lamentar o término e apenas falar, em nada ajuda.
Quem
trabalha com música e rádio no Brasil, aliás, em todas as partes do mundo, sabe
que emissoras precisam de investimento, de dinheiro e retorno. Quando algo
assim ocorre, o motivo é basicamente este, falta de dinheiro. Ninguém encerra
as atividades de uma emissora tão querida por outro motivo.
Agora
precisamos atentar para o outro lado da realidade. Atualmente, temos web
rádios, as emissoras via internet, que surgem aos borbotões e não dá mais para
virar as costas para o segmento, com a frase ´ah, mas é só na internet?´. Os custos de se manter uma emissora FM são absurdos, englobando salários, concessão e outros valores. Tudo precisa ser considerado. Não podemos parar no tempo feito estátuas, fingindo que não há alternativas.
Costumo dizer ao contrário, ´era só na FM?´, porque a rede tem o poder de levar
a música onde houver uma conexão, saindo da limitação do alcance físico da
antena.
Muitos
internautas protestaram nas redes sociais contra o encerramento das atividades
da MPB FM, incluindo aí importantes artistas de nossa música nacional. Que tal
fazerem um fundo? Uma base financeira para a volta da rádio? Ou quem sabe até,
um financiamento coletivo?
Lamentar é fácil, porém arcar com algo assim custa e
caro, portanto precisamos parar com o romantismo e verificar que o mercado é
mutante e que a rede veio sim para dar novos ares e até novas oportunidades a
profissionais que veem na música, sua fonte de existência e felicidade. Vamos
refletir, pois novidades surgirão por aí. Meu irrestrito respeito aos
profissionais fantásticos que passaram pela saudosa MPB FM.
A MPB não morreu, apenas a FM
Reviewed by luckveloso
on
14:16
Rating:

Nenhum comentário
Postar um comentário