Uma playlist para refletir
Mesa de som na Audiorebel / Luck Veloso |
Música é uma coisa única e hoje, quando tento digerir melhor (se possível) a partida de David Bowie, que pra mim foi um dos maiores, senão o maior artista de seu tempo, em vários sentidos, desde os musicais até os teatrais, espirituais e de produção. Bowie é inimitável e sua precoce e inesperada partida, me fez pensar em várias músicas, não só dele, claro.
Música é um novelo e uma coisa vai puxando a outra, a gente vai desenrolando o emaranhado emocional que mora dentro da gente e a coisa vai se formando. Como cada um de nós é um universo, de repente você, que está lendo esse post agora, ao conferir as músicas que inseri na minha playlist por não concordar com uma ou outra.
Tudo bem, é por isso que música é imensidão e é um mar que é mais gostoso de mergulhar sozinho. Apenas compartilhei porque como julgo ter muita coisa boa ali, vai que você gosta? Obrigado Bowie, por tudo, por todos os sons e pelo legado artístico e de vida que nos deixou!
1) I´m Deranged - David Bowie - de 1997, parte da trilha sonora de Lost Highway (A Estrada Perdida) é o tipo de som que te faz fechar os olhos e vivenciar experiências quase extrasensoriais.
2) Rebel Rebel - David Bowie - Uma das pérolas do disco Diamond Dogs, de 1974, é pra mim um dos maiores hinos do nosso camaleão e ficou por um bom tempo sendo toque no meu celular.
3) Bela Lugosi´s Dead - Bauhaus - A voz de Peter Murphy é algo inconfundível e nesta canção, que pra mim é uma verdadeira peça de suspense, funciona como o mais perfeito dos instrumentos.
4) Revolution (Live in London) - The Cult - O show no Marquee, em 1991 em Londres, rendeu belíssimos registros da banda de Ian Astbury e Billy Duffy. O disco só saiu em 1993 e conta com toda a entrega visceral dos vocais de Ian e a guitarra sangrada de Duffy. Clássico!
5) Love Will Tear Us Apart - Joy Division - Para quem gosta de sons reflexivos e apaixonados, esse hino do Joy nos dá um perfeito jantar. A música marcou a carreira do grupo. Vale a pena o confere no filme ´Control´, de Anton Corbijn para entender o contexto de todo o enredo que envolveu a vida de Ian Curtis até o seu suicídio e o nascimento do New Order.
6) Pictures of You - The Cure - Essa música tem um peso emotivo enorme, tanto pela letra quanto pela melancolia sempre muito bem aplicada de Robert Smith. Lançada em 1989 no álbum Desintegration, ela rapidamente foi absorvida positivamente pelos fãs, que vinham curtindo o excelente disco anterior, Kiss me, Kiss me, Kiss me.
7) Blue Bell Knoll - Cocteau Twins - O som quase hipnótico do instrumental de base aliado à voz única de Lyz Fraser tornaram essa música o hino de uma geração, que mergulhou nos sons alternativos e não comerciais na década de 1980 no Brasil e no mundo.
8) Tomorrow Never Knows - Violeta de Outono - O Violeta ficou muito mais conhecido pela próxima música selecionada, porém esse cover dos Beatles em versão bem mais sombria que a original me atraiu desde o lançamento, em 1985. Vale demais a audição.
9) Dia Eterno - Violeta de Outono - Embora tenha sido tocada em pistas de dança de todo o Brasil no ano de 1985 (e em alguns seguintes), a letra é muito profunda, digna das composições daquela época. Se conhece, relembre, caso contrário, mergulhe na faixa, é linda!
10) Mother - John Lennon - Essa música é uma verdadeira carta póstuma de Jhon Lennon à mãe, com quem teve sérios problemas de relacionamento, até poder, finalmente ter a redenção, explanando todos os demônios no disco que a continha, o Plastic Ono Band, de 1970. Sempre que a ouço, dá um arrepio no corpo e as lágrimas vêm aos olhos.
11) Confortably Numb - Pink Floyd - A música faz parte de um contexto e para sentir a emoção que tenho sempre que a ouço, recomendo ver (repetidas vezes) o clássico filme The Wall. Para os mais novos, que talvez ainda não tenham assistido, vale a pena demais. É um relato de Roger Waters, quase em primeira pessoa, expurgando todos os seus traumas de infância e de como a vida e pessoas tiranas podem nos causar mal. O filme é quase um estudo obrigatório, (re)veja!
12) Longest Day - Soulsavers - A parceria da dupla Rich Machin e Ian Glover com o vocalista do Depeche Mode, David Gahan, rendeu um belíssimo disco, A Light the Dead See. Longest Day é uma das mais belas do disco, provocando reflexão.
13) You Know You Couldn´t Last - Morrissey - O eterno vocalista do The Smiths sabe como fazer alguém refletir e respirar fundo. A canção, presente no álbum You Are The Quarry, de 2004 é um soco no estômago, alternando momentos de calmaria com outros mais intensos.
14) Agora Minha Sorte Mudou - Autoramas - Essa música é do excelente disco Stress, Depressão e Síndrime do Pânico, de 1999 e mostra o Autoramas na sua essência, fazendo música boa e com instrumental rascante. A faixa conta com Simone do Vale, fundadora da banda junto a Gabriel Thomaz. Essa música faz parte da minha vida por uma série de motivos que não me cabem explanar aqui, recomendo muito.
15) Linger - The Cranberries - A banda tem um som por vezes pra cima e por outros momentos, mais intenso. Essa música é uma das que mais aprecio deles. Dolores O'Riordan tem um jeito muito peculiar de cantar e conquista desde a primeira audição.
16) In My Bed - Amy Winehouse - O climão de fim de noite impresso na música, remete à noite, reunião entre amigos e até a um certo clima festivo, porém a letra é intensa e fala de sentimentos profundos, que muitas vezes, nos angustiam e nos lapidam.
É isso, espero que curta, eu adoro isso tudo aí!
Uma playlist para refletir
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