Downtempo - Uma playlist atemporal

Morcheeba está na playlist / Divulgação
Quem viveu antes do advento da internet sabe como era difícil conseguir uma música, ainda mais inteira, para tocar e ouvir com os amigos. Hoje tudo está a um click das mãos e isso é maravilhoso. O Spotify nos proporciona uma viagem sem fronteiras por diversas épocas, para onde a nossa mente apontar.

Ao contrário do que você possa pensar, não recebo nada para falar bem do aplicativo mas o que é bom merece ser reverenciado. As playlists montadas pelos usuários são as antigas fitas K7, o diferencial é que elas ficam expostas para quem desejar ouvir, 24 horas por dia, em qualquer lugar.

Mergulhado em nostalgia em meio às memórias, montei uma playlist que batizei de ´Downtempo Luck´. Isso, dê um tempo (wow!) e acesse para curtir uma hora de sons viajantes, que remetem a vários momentos diferentes. A lista é vasta e eclética, detalharei aqui e o link vai ao final:

1) The Last Day - Moby + Skylar Grey - O virtuoso Moby se juntou a Skylar Gray para fazer uma faixa matadora, que no Brasil foi muito bem aproveitada na minissérie Verdades Secretas. 

2) Clubbed To Death - Robert D - Embora a música tenha ficado mais conhecida por aparecer em uma das sequências de Matrix, minha paixão por ela surgiu mesmo no longa de Yolande Zauberman, Clubbed To Death (Lola), que conta com as brilhantes participações de Elodie Bouchez e Beatrice Dale e uma trilha sonora magnífica.

3) Angel - Massive Attack - Outra faixa que também foi bem aproveitada por Verdades Secretas e que me remete à mesma época do filme anterior, apenas um ano depois, 1998 . Clássico!

4) Agent Orange - Depeche Mode - O DM sempre constrói belas histórias em suas músicas, ainda mais as que aposta mem tons mais dramáticos, seu forte. Agent Orange é um soco no estômago, que nos permite imaginar o que quisermos, de belas paisagens a ambientes catastróficos. Experimente sem moderação!

5) The Things You Said - Depeche Mode - Clássico do igualmente histórico disco Music for The Masses, de 1987. Denso e reflexivo, como DM deve ser.

6) Hell Is Round The Corner - Tricky - O som maravilhoso com a mesma base utilizada por diversos sons que fui lembrando e acrescentando. Aliás, a base utilizada por TODOS eles, aparece também na canção Walk on By, do mestre Isaac Hayes, que foi sampleada pelo próprio Isaac de outro  som dele, Ike´s Rap II, que por sua vez, veio a ser sampleada de Daydream, dos belgas do Wallace Collection, uma banda dos anos 60! Ufa, que novelo! Voltando ao Tricky, o clip é medonho, parece sonho macabro, vale muito o confere! (A origem de Glorybox está toda explicada no blog Audiograma, confira aqui)

7) Glory Box - Portishead - O som clássico faz parte do disco Dummy, de 1994 e foi utilizada a exaustão por inúmeros grupos como base para outras composições.

8) Salve - Racionais MC´s - O álbum Sobrevivendo no Inferno foi um verdadeiro marco para o rap brasileiro. Lançado em 1997, elevou os Racionais ao reconhecimento nacional e à consagração, principalmente de Mano Brown e KL Jay. Salve é um desabafo urbano, um grito dos músicos de periferia, listando diversas comunidades, favelas e locais menos favorecidos de várias partes do Brasil. A faixa utiliza a base de Glory Box.

9) Jorge da Capadócia - Racionais MC´s  - Nada mais é que a oração a São Jorge sobre a base utilizada em Glory Box, cuja história você já conhece acima...

10) The Sea - Morcheeba - O excelente disco Big Calm, de 1998 nos apresenta várias faixas maravilhosas, aliás, arrisco dizer que 90% do disco é muito bom. The Sea é um daqueles sons que nos transportam para lugares paradisíacos, mesmo sem sairmos do lugar.

11) Confused - Sporto Kantès - Conheci o grupo em 2001, ao receber um pack da Trust Me Records, um selo norueguês. Viciei. É som indescritível, batidas profundas e efeitos inusitados. Pra ouvir mais de uma vez.

12) Brunnenmarktremix: Sirine - Ulrich TroyerConheci o disco Rose de Shiraz no ano de seu lançamento, em 2003. Ulrich Troyer realiza neste álbum conceitual, vários experimentos sonoros, propondo uma viagem diferenciada e única. Um conselho: capriche no baixo e apague a luz.

13) End Credits - Laptop - Recebi o disco no mesmo pack da Trust Me Records. Viagem melancólica de Jesse Hartman, músico americano, movie maker e ator.  O som é de 1997.

14 e 15) A Perfect Lie (Theme Song) - The Engine Room - O projeto ficou mundialmente conhecido após o seriado Nip Tuck, do qual fez parte da trilha sonora da temporada de 2004, sendo usada como tema de abertura, onde os médicos Christian Troy (Julian McMahon) e  Sean McNamara (Dylan Walsh) disputavam o amor e a atenção de Julia (Joely Richardson), sempre com o aditivo apimentado de Kimber (Kelly Carlson). Excelente seriado, encerrado em 2010. 

Segue a playlist e boa viagem! 







Downtempo - Uma playlist atemporal Downtempo - Uma playlist atemporal Reviewed by luckveloso on 23:12 Rating: 5

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