O mês é das mães, mas todo dia é dia, com sonoridades mil
Quase sempre procuro visitar minha mãe aos domingos. A não ser que esteja em algum evento, fotografando algum festival ou algo parecido, lá estou a almoçar com ela, como a manter com certeza aquele elo entre o que fui, o que sou e o que ainda poderei ser ou fazer. Invariavelmente quando estou lá, revisito também arquivos sonoros e redescubro sons. Foi assim que me deparei com algumas músicas recentemente. Devido a minha enorme pluralidade musical, e disso falo sem qualquer falsa modéstia, consigo ouvir do house mais farofa ao jazz mais elaborado e é quase sempre assim que estou quando me proponho a ouvir coisas que há tempos não visito. Mente, ouvidos e principalmente coração aberto.
Dei de cara com uma pasta mesclada, onde se lia 'sobras' e logo na primeira faixa, esbarrei em “It's a Fine Day”, do Opus III. Um pop eletronico suave e adocicado, do meio dos anos 90 que tocou sem parar em todas as rádios do Brasil e que me emociona até hoje, desde a introdução. Em um domingo lindo como fez no Rio de Janeiro quando escrevi esse texto, é bom ouvir a frase cantada: “It's a fine day, people open windows, they leave the houses, just for a short walk”. Acho lindo, como diria o controverso Caetano, que apesar de Veloso não é meu primo. André Luiz Costa a todo instante afirma que duvida de minha masculinidade quando sabe que ouço sons assim e que torço o nariz para o Slipknot, mas o que fazer? Nasci sensível e prefiro as sonoridades mais suaves, o que não quer dizer que não ame igualmente as mulheres, daí de nossa porrada intelecto-sonora, tiramos o caldo para fazer a Radiocultfm.
Ao final a seqüência do iTunes me levou direto a um dos pancadoes mais sinistros que já tive conhecimento na época do Miami Bass. “Now and Forever” da Nyasia é daqueles sons em que, quando tocadas em meio ao 'baile', faziam literalmente o salão ferver. Isso me recordo bem, pois passei anos tocando o estilo para mais de seis mil pessoas por domingo, na extinta equipe Safari, no Olaria Atlético Clube, enquanto um frenético e nervoso Pedrinho ajudava a esquentar os ânimos ao microfone. Bons tempos. Daí algumas cervejas e papos depois, caí na minha pasta predileta, Depeche Mode, então foram tantos sons que não poderei listar aqui sem cansar a você, que me lê, porém, as que destaco são “Higer Love” e “In Your Room”, ambas ao vivo do “The Songs of Faith and Devotion”. A pluralidade e o amor convivem em paz e assim caminho para conhecer a cada dia mais sons!
p.s.: Publicado originalmente em 5/11/2013 - resgatando aos poucos do antigo site, mas como esse texto é atemporal, aqui está de volta.
O mês é das mães, mas todo dia é dia, com sonoridades mil
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