Radiohead para amenizar - I hate MoneyGram

Radiohead a caminho de Santorini - 26 de outubro de 2010
Acabo de ter uma enorme discussão com uma funcionaria da Money Gram em Athenas. Erraram um numero de envio e tive que esperar quinze dias para voltar la. Quando corrijo o numero verifico no Brasil que continua dando errado, conclusão: quis meu dinheiro de volta. Queriam me devolver a grana mas descontando a comissão… Gente, essas pessoas que trabalham com dinheiro acham que somos o que? Comecei a rir na cara da mulher e falei um tanto alterado que era obvio que nao pagaria uma comissão de um serviço que nao funcionou. Resumindo, falei que nao sairia dali enquanto nao recuperasse toda a quantia que havia tentado enviar. Claro que depois de algumas ligações para meio mundo a mulher veio e me devolveu todo o dinheiro, me pedindo para nao mais gritar com ela… Acontece que se nao grito, nao recebo. A velha historia, quem nao chora nao mama. Fique muito atento quando enviar dinheiro por estas companhias… Money Gram e Western Union… cuidado.
Depois disso precisei relaxar. Me tranquei no quarto e comecei a ouvir novamente o disco inteiro do Radiohead. "Ok Computer" foi lançado em 1997 e naquela época eu fazia um dos programas de radio mais loucos que já fiz na minha vida, o "100 Definicao". Uma verdadeira experiência de como se trabalhar com loucos (e como louco) por quase nada. Faziamos um programa semanal de duas horas sempre em um sábado. Na verdade era um grande pretexto para reunirmos os amigos, tomar varias cervejas, ouvir o que nos desse na telha e ainda fazer outras pessoas ouvirem tudo isso. Apresentavamos o programa sempre um tanto alterados pela cerveja o que dava um resultado hilário, com algumas discussões ao vivo sendo transmitidas via FM, uma verdadeira loucura. Nunca mais esqueci a frase "tira que ela quer cagar", repetida a exaustão por um dos amigos que fazia o programa comigo, o Renatinho. Quando eu estava puto com alguma coisa ou reclamava do barulho no estúdio, isso tudo indo ao ar, o cara soltava uma dessas e eu nao me agüentava de rir, ou seja, toda a raiva ia por água abaixo.
Sou romântico, por isso sempre lembro dessas coisas e desandei a ouvir Ok Computer porque precisava de algum carinho, pelo menos para a alma e os ouvidos. Tenho aprendido muitas coisas da língua latina inclusive com as musicas mas gosto mesmo é de rock e musica eletrônica cantados em inglês. Quando Tom York logrou fazer este álbum devia estar naqueles dias iluminados em que tudo da certo, todos os pensamentos sao positivos (embora as letras sejam muito reflexivas) e tudo o que você toca soa bem. O disco é uma verdadeira obra prima do inicio ao fim e um show de criatividade melódica e harmônica que poucas bandas de nosso tempo ousaram fazer. O mais incrível é que passados todos estes anos, soa completamente atual e algumas frases estranhamente coincidem com algumas coisas que vivo… quando uma banda de rock é boa sempre rola isso, uma identificação. Agora ouvindo a terceira faixa do disco, "Subterranean Homesick Alien" reflito sobre isso enquanto ouco a frase " - The Breath Of The Morning I Keep Forgetting The Smell Of The Warm Summer Air"… Ainda bem que agora já estou novamente indo em direção ao Brasil, pois (re)descobri que preciso sempre do sol, preciso do verão sempre comigo e neste ano, terei vivido dois, o verão europeu e agora rumo ao do Brasil, para torrar meu corpo ao sol na querida e pacifica Urca ao lado do meu amor.
Hoje é aniversario do meu irmão, Ravngard e ainda bem que consegui falar com ele um bom tempo. Andamos distantes, tanto fisicamente quanto espiritualmente, mas isso é coisa de irmão, que acontece em toda a família e é como onda, uma hora vem, outra nao, entao claro que em breve retornaremos a ser os mesmos. Os bons tempos quando íamos a Robin Hood, uma das melhores boites do mundo, que ainda tinha uma ideologia punk mas que depois foi vendida para dar lugar a algo muito mais comercial, onde o quadro de John Lydon do P.I.L. foi trocado pelo da Madonna… fazer o que? Logo depois veio a Dr. Smith, que também era uma das casas mais under do Rio de Janeiro e a gente la, sempre junto, tomando umas e outras e rindo. Hoje ele comemora mais um ano e estamos separados por um oceano, mas em breve estaremos novamente dividindo a mesma mesa, agora com muito mais historias. Ele com certeza permaneceu uma pessoa bem melhor do que eu. Sempre pensando em meio ambiente e em alguma forma de espalhar arvores pelo planeta enquanto eu busco apenas por meus downloads e arquivos digitais e procuro congelar no hd as imagens sacadas em todas as cidades e países que passo. Como um louco a construir uma memória e um egocêntrico a querer guardar tudo isso, como se fosse possível. Mas como disse ontem a noite para minha querida amiga paulistana Estela Craveiro, tudo na vida é possível, TUDO.
Este post pode no ter saído com muito sentido, mas foi de coração, precisava escrever algo. Um beijo!
O que ouvi durante este post:
Novamente todo o disco Ok Computer - Radiohead. Depois ouvi um pouco de Justice, porque ninguém é de ferro! Phantom Part 1 e 2 Live (A Cross The Universe).
Radiohead para amenizar - I hate MoneyGram
Reviewed by luckveloso
on
14:41
Rating:

2 comentários
Hi, Luck, nós e as voltas infinitas dessa vida de surpresas. bjs, E
eu tb gosto do bom e velho rock n'roll em ingles, mas me apaixonei pela lingua espanhola!
o cd ok computer com certeza é o melhor mesmo!!!!
e o post foi compreensivel mesmo sem sentido!! haha
Postar um comentário