Para que serve um remix?

Se você não nasceu na ápoca em que gravadoras lançavam ´compactos´ com lado A e lado B, pode parecer confuso, mas, os discos costumavam vir com pelo menos três versões. A chamada ´original mix´, versão igual à do disco / álbum lançado, eventualmente uma A Capella, contendo obviamente só a parte vocal e alguma harmonia da música para a livre criação de versões alternativas pelos DJs e uma terceira (e muitas vezes quarta) versão, esta sim, completamente diferente da do ´LP´, muitas vezes chamada de Club Mix.

A meu ver, um remix tem que tentar sempre ser superior à versão original mas nem sempre quem o faz tem a devida criatividade e muitas vezes, poe uma belíssima música a perder. Este é o caso do remix do excelente DJ Stephan Bodzin (foto) para a música ´Fragile Tension´, do grupo inglês Depeche Mode. A proposta de minimizar elementos soa massante e repetitiva (e olha que adoro minimal) e remove elementos fundamentais da canção original, como a terça vocal de Martin Gore por exemplo. Embora o cara seja excelente, esta escolha foi um desastre.

Se você é DJ ou pretende se aventurar no campo dos remixes, aqui vai uma dica. Não pegue somente a Capella para começar um trabalho. Ouça atentamente a música original, até por uma questão de respeito ao artista que a fez, para depois então, com a alma e ouvidos muito atentos aos pequenos detalhes da canção, retrabalhar e ressaltar possíveis elementos que farão a diferença em uma versão para pista. Uma versão remix bem trabalhada pode inclusive superar a original, tornando seu trabalho uma alegria, não somente para voce mas para quem vai curti-lo na pista de dança.